13 de fev. de 2009

Isis Aparecida Conceição: a mulher que desafiou a USP

Isis Aparecida Conceição,moradora da periferia paulistana, ex-aluna da Educafro,advogada do Tribunal de Justiça, mestre em Direito pela Universidade de São Paulo. Somente ela sabe o quão dificil foi driblar a monstruosidade do racismo institucional da USP. A Universidade segue imbatível com seu guetto eurocêntrico e seu cinismo cruel. A USP é mantida com dinheiro público. Ao transferir verbas arrecardadas dos impostos da coletividade (parte do ICMS paulista vai direto para USP, Unesp e Unicamp) para os filhos da elite, o governo de Sao Paulo se transforma em uma espécie de Robin Hood `as avessas: tira dos pobres e dá aos ricos. Negros ali? Ah, sim: o jardineiro,o porteiro, o motorista da reitora, a copeira, e a nossa Isis.
É hora de ocupação permanente da USP! Cotas já!
Cuidado, a paz é fruto da justiça.....
Clique AQUI e assista a reportagem.

2 de fev. de 2009

O boi pelo bife: A midia grande no confronto em Paraisópolis:


Há um ditado africano direto e certo: enquanto os leões não tiverem os seus próprios contadores de história, os caçadores serão sempre os vencedores.
A cobertura do Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo - os dois jornalões da paulicéia elite desvairada – na repressão policial da manifestação dos moradores da favela de Paraisópolis na zona sul de Sampa, faz o ditado africano cair como uma luva aqui. Quem perder tempo lendo Folha e Estado verá que as notícias são contadas do ponto de vista oficial. As fotos, tomadas da posição geográfica da polícia dão a dimensão de que ponto de vista falam os jornalistas de ambos jornais. Nem uma linha, nem que seja para disfaçar, questionando a polícia sobre a morte de um morador dias antes, preso com um carro roubado em uma operação policial. Fizessem jornalismo de fato, Folha e Estado não justificariam as depredações e disturbios `a ‘ordem pública’, mas ajudariam seus leitores a contextualizar os fatos. Temos, ao contrário, o que Perseu Abramo chamaria de passar o ‘o boi pelo bife’, ou seja, não mente, edita. Não inventa,faz-se crer que pelas vozes oficiais a totalidade do mundo é explicada. Uma coisa é certa: a notícia nas paginas dos jornalões de São Paulo é contada de maneira tal que nos sentimos compelidos a concordar com o desejo de vingança que sai da caneta dos jornalistas. Parabéns!

Na foto acima, da Folha de S. Paulo,o mundo visto na perspectiva da força da câmera e das armas.